O que faz um filosofo

O profissional de Filosofia estuda, medita, discute e argumenta a respeito das verdades fundamentais da vida do homem e problemas metafísicos, isto é, problemas que tratam da essência das coisas e o conhecimento das causas primeiras e dos primeiros princípios do objeto ou problema que está sendo estudado.

O Filósofo, entre outras coisas, investiga a natureza, as possibilidades e limites do conhecimento, a origem e finalidade das coisas, suas causas e efeitos, a natureza de Deus, o sentido objetivo da vida.

Além disso, pesquisa e estuda as diversas lógicas do pensamento procurando aplicá-lo aos diversos campos da investigação cientifica.

Faz conferências sobre temas de sua especialidade, escreve para jornais, revistas e outras publicações, fazendo apreciações críticas sobre problemas contemporâneos e passados.

Sua atividade mais constante se prende ao magistério, onde pode atuar como professor de nível médio e superior.

Ao licenciado em Filosofia é concedido o registro do diploma de professor de nível médio nas seguintes disciplinas: Psicologia, História. Sociologia ou Estudos Sociais, desde que figurem no currículo do curso por ele realizado.

O Filósofo se encontra, profissionalmente, um tanto marginalizado. Sem se levar em conta a Filosofia propriamente, que não lhe oferece grandes oportunidades de trabalho, esse profissional deriva para outros campos. Preparado para o magistério ou para a investigação, ele é aceito em outras áreas se valendo da sua formação universitária.
Com a reforma do ensino, apareceram novos cursos de formação profissional que lançam no mercado de trabalho grande número de profissionais a cada ano. Como exemplo de um curso recente, temos o de comunicações, que prepara jornalistas, publicitários e outros, funções que o Filósofo desempenhava como maneira de sobreviver num país onde sua especialização está sendo mal aproveitada.

O advento de novos cursos gerou situações em que o Filósofo se vê frente a uma vaga de trabalho, mas que logo é tomada por outro profissional cujo diploma prova ter ele formação específica para aquela área.

Ao Filósofo caberia um vasto campo de estudos e pesquisas. Ele poderia trabalhar em equipe, com outros profissionais em comissões de planejamento. por exemplo em equipes que cuidassem da urbanização ou da própria reforma de ensino.

Em tempos passados, o Filósofo podia se dedicar com certa facilidade ao jornalismo, escrevendo artigos críticos sobre artes em geral ou tendo a seu cargo uma coluna em que escreva textos relacionados com sua especialidade. Essa facilidade se reduziu bastante depois de as associações de classe e sindicatos haverem conseguido a regulamentação da profissão de jornalista e promoverem campanhas para que seu campo de atuação não fosse invadido por outros profissionais.

O mercado de trabalho no magistério de nível médio é muito pobre para os licenciados em Filosofia.

O profissional de Filosofia pode lecionar em faculdades, passando a ser, conforme suas especializações, assistente-doutor, professor adjunto ou professor titular da cadeira.

Esse cargo de professor, seja em escolas estaduais, municipais ou particulares, apesar de ser o mais facilmente conseguido, é bastante concorrido, não só pelo licenciado em Filosofia, como também por licenciado em outras disciplinas. Tal acontece devido ao grande número de Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras, espalhadas por todo o país.

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